Raças mais caras

Genética irá absorver cada vez mais investimentos na pecuária de corte.
Tendência é reforçada pela elevação de preços pago por reprodutores bovinos

 Com segmentação do mercado, a tendência é de alta no custo de produção e no risco da atividade
A elevação de preços de reprodutores e o avanço da inseminação artificial no país reforçam a tendência de que a genética irá absorver cada vez mais os investimentos na pecuária. Em busca de uma raça com ciclo mais curto para cruzar com zebuínos, adaptados a climas tropicais, o produtor Henrique Gonçalves de Oliveira viajou mais de 1,6 mil quilômetros de São José do Rio Preto (SP) até Uruguaiana. Com fazenda em Figueirão (MS), onde cria mais de 5 mil cabeças, quer ampliar a qualidade da carne.
— A carne produzida aqui é diferenciada — afirma Oliveira.
Com o consumo de 32 quilos per capita por ano de carne de gado, o Brasil deve ver crescer a exigência de qualidade. Com segmentação do mercado, a tendência é de alta no custo de produção e no risco da atividade.
— Em menos de uma década 50% dos produtores deverão abandonar o mercado pela alta no custo e pela necessidade de escala de produção — destaca Júlio Barcellos, coordenador do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva da UFRGS.
O investimento em genética é justificado pela relevância das características naturais do animal na produção de uma carne de qualidade.
— Raças que atingem peso e cobertura de gordura mais rápido, são as mais valorizadas porque resultam em melhores produtos — observa o médico veterinário Fernando Velloso.

Campo e Lavoura
Zero Hora - 04/10/2013



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