Temporada de leilões
Temporada de leilões começa nesta semana embalada pelos bons resultados obtidos pelo setor na Expointer.
Com o país em recessão, diversas atividades econômicas atravessam um período de forte turbulência, mas esse não é o caso da pecuária, que navega em céu de brigadeiro. A abertura de novos mercados para a carne brasileira, como a China e os Estados Unidos, e o preço do boi gordo valorizado são alguns dos fatores que contribuem para o momento favorável, contrapondo o recuo nas exportações e no consumo interno.
Às vésperas da largada nos remates de primavera no Estado, o atual cenário leva criadores e leiloeiros a projetarem uma temporada de liquidez, com aumento nos negócios.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindler), Jarbas Knorr, devido ao avanço da soja em áreas de pecuária, o número de animais colocados em pista deve ser 15% menor do que no ano passado. Assim, com o produtor disposto a investir, a expectativa é de que as médias possam ser até 20% superiores às praticadas em 2014, acrescenta Knorr.
Presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Francisco Schardong também está otimista, mas discorda da queda na oferta:
– Nossa expectativa para a temporada é altamente positiva. É um momento em que pecuária vem despontando, e os compradores de fora do Estado, principalmente do Centro-Oeste, estão bastante ansiosos para investir na genética produzida aqui, para fazer cruzamento.
Segundo Schardong, os remates de primavera deverão acompanhar a tendência de alta já registrada na Expointer, onde a receita obtida com a venda de animais fechou com incremento de 23,8% em relação ao ano passado. Outra razão para a atividade estar driblando a crise, conforme ele, é o fato de não depender tanto de insumos e, desta forma, escapar do aumento dos custos de produção provocado pela desvalorização do real frente ao dólar.
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