Mercado do boi chega ao final da safrinha

Produção gaúcha se encerra para entrada dos grãos de verão e emparelha preços com restante do país.
No final da safrinha do boi os preços no Estado começam a se aproximar dos do restante do país. Este comportamento é característico do período segundo o economista Antônio da Luz. Isso porque a entrada das áreas de grãos conduz os pecuaristas a vender o rebanho restante.
Com o Brasil em entressafra, e o término do ciclo no Rio Grande do Sul, os preços começam a se aproximar e alcançar equilíbrio. Enquanto o RS comercializa a arroba (15 kg de carcaça) a R$ 98,00 o restante dos estados fecham em média R$ 108,00. No mês passado os preços estavam em R$ 92,00 e R$ 110,00 respectivamente.
A tendência é de que os preços se comportem desta maneira neste mês. Mesmo assim o momento não é bom para o pecuarista que se vê na necessidade de vender com pressa.
Apesar de perder cerca de 700 mil hectares nos últimos 5 anos para áreas de grãos, o Rio Grande do Sul se destaca por possuir o quinto maior rebanho do Brasil, não reduzindo a oferta de animais e quantidade de carne de qualidade.
"O Estado se destaca na qualidade aumentando a produtividade com técnicas de maior número de terneiros na mesma área e alto rendimento em ganho de peso" explica Luz. Além disso, a carne gaúcha está nas melhores mesas do Estado e do país, de consumidores com nível de exigência muito maior.
Isso se deve a criação ocorrer no bioma Pampa e apresentar a linhagem genética do gado europeu, encontrando condições de clima apropriados.
Mercado global
O aumento da demanda, motivado pelo crescimento da população mundial, será a grande oportunidade para a carne gaúcha atravessar as fronteiras nacionais e entrar em diversos mercados.
De acordo com estudo da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), a produção precisará mais do que dobrar nos próximos 40 anos, evoluindo de 268,42 milhões para 589,83 milhões de toneladas. Nessa nova conjuntura, a entidade avalia que o Estado deve concorrer pela qualidade, e não pelo preço, para se tornar competitivo internacionalmente.
Atualmente, apenas 14% da produção brasileira é destinada a outras nações. Diante das oportunidades de abertura de novos países compradores, Sérgio Turra aponta como desafio o investimento nas certificações de preservação e de sustentabilidade ambiental, bem visto como diferencial no mercado global. (Assessoria Farsul)

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